Nascemos com o propósito de transformar uvas em experiências e momentos inesquecíveis.
Somos um família que tem laços com a Serra da Mantiqueira desde nossos avós, pois a região era frequentada na década de 50 pela Dona Zizi, que foi monitora do acampamento Paiol Grande escalando naquela época a magnífica Pedra do Baú com um grupo de meninas.
O casal proprietário da Vinícola Raízes do Baú, Marcelo e Sônia, começa a namorar na década de 70 em Campos do Jordão, adquirindo um carinho especial pela região pelo início de sua história.
Na década de 2000, Marcelo e Sônia buscavam uma casa na região de Campos do Jordão, porém não encontravam nada que lhes agradasse. Começaram a explorar áreas que fossem mais longe do centro de Campos do Jordão e se aventuraram por estradas em que não sabiam onde dariam, contemplando a possibilidade de estarem mais próximos à natureza da Mantiqueira.
Em 2002, acharam a propriedade onde está a Vinícola Raízes do Baú, por obra do acaso: perderam-se na estrada da propriedade, enquanto se apaixonavam pela Serra da Mantiqueira a cada curva. A propriedade, antes chamada de Sítio do Contra, revelou-se cheia de energia e beleza, inserida na paisagem do magnífico Vale do Baú. Por isso, decidiram comprá-la e chamaram-na, por conta de sua luz e encantamento, de Fazenda Portal da Luz.
Do Sítio do Contra, a Fazenda Portal da Luz herdou 1200 pés de castanha portuguesa, que produziam, na época, 2,5 toneladas ao ano do fruto. Com tempo, muita dedicação e estudo, Marcelo e Sônia aprenderam os ciclos da castanheira, os cuidados, as técnicas de cultivo e produtos que resultam desse fruto versátil. Hoje, a Fazenda Portal da Luz produz 4 toneladas ao ano de castanha portuguesa e com ela faz chutneys, doces, farinha de castanha portuguesa e cerveja artesanal estilo Belgian Blond Ale.
Em meados da década de 2000, começaram a surgir projetos vitivinícolas impulsionados pela técnica da dupla poda, conduzida pela EPAMIG, que a implantava pela região da Serra da Mantiqueira.
Marcelo e Sônia já amavam e estudavam vinhos (uma paixão especial por espumantes), mas nunca haviam cogitado a hipótese de serem produtores de uvas e vinhos.
Após analisarem a viabilidade de se produzir vinhos finos no solo e terroir de sua propriedade, com a assistência da EPAMIG, Marcelo e Sônia decidiram empreender e, dentro da Fazenda Portal da Luz, abriram a Vinícola Raízes do Baú.
A missão da vinícola é fazer vinhos que sejam de altíssima qualidade e que representem toda a diversidade e riqueza do terroir, fauna e flora da Serra da Mantiqueira. Por isso, o nome de Vinícola Raízes do Baú foi escolhido: queríamos em seu nome a indicação geográfica que contemplasse e homenageasse a vista única que temos bem de frente para a magnífica Pedra do Baú.
Em 2010, plantamos Cabernet Sauvignon, Malbec, Pinot Noir, Petit Verdot e Syrah e, em 2012, já lançamos o primeiro vinho da uva Syrah de colheita de inverno, nascendo assim a linha Baú 9.4 da vinícola.
Temos paixão pela terra e pelas uvas e, principalmente, por receber visitantes em nossa propriedade para trocar com eles todas as informações e conhecimento que adquirimos ao longo do tempo sobre o cultivo de uvas, os tipos de colheita (verão/inverno), a riqueza da natureza da Mantiqueira e o vasto universo do vinho.
Plantamos hoje 9 espécies de uvas – Cabernet Sauvignon, Malbec, Pinot Noir, Malbec, Syrah, Pinot Meunier, Chardonnay, Pinot Grigio e Viognier – que produzem entre 5000 e 6000 garrafas de vinhos por ano.
Somos uma vinícola que faz vinhos em pequena escala, butique, e pretendemos nos manter assim, focando sempre na qualidade e saúde das nossas uvas. Com isso, queremos fazer vinhos inesquecíveis, que façam parte da vida das pessoas, inspirando-as a brindarem sempre os momentos mais simples e cotidianos: a vida é preciosa e acontece agora e merece ser comemorada todos os dias!
Saúde e esperamos receber você muito em breve! ❤️
As videiras precisam, para o amadurecimento dos frutos, de tempo seco e de amplitude térmica. A Serra da Mantiqueira tem um clima que, em princípio, não seria apropriado para a viticultura. Nos meses de verão, há um excesso de chuvas, quando se compara a região com outras regiões vitivinícolas.
Desenvolveram-se técnicas para mitigar ou eliminar os efeitos do excesso das chuvas de verão e criaram-se dois ciclos para as uvas: o de verão e o de inverno.
Para o ciclo de verão, usamos técnicas que impedem ou diminuem o acesso da água às raízes da videira, de modo a restringir a diluição do açúcar na baga da uva: cobrimos o vinhedo ou usamos, conforme a declividade do terreno, canaletas ou as curvas de nível para escoar a água para fora do terreno.
Normalmente, as videiras são podadas no final do inverno, entre agosto e setembro. Daí, vicejam durante a primavera e amadurecem durante o verão, ao final do qual são colhidas. Como este período, na Serra da Mantiqueira, é chuvoso, foi desenvolvida pela EPAMIG uma técnica, conhecida como dupla poda ou poda invertida, que troca o período do amadurecimento da uva; ele deixa de acontecer na primavera e no verão e passa a acontecer no outono e no inverno. O período de outono e inverno, na Serra da Mantiqueira, é de muito pouca chuva e com bastante amplitude térmica, o que significa dias quentes que se seguem a madrugadas bastante frias.
A técnica da dupla poda acrescenta mais uma poda – tão radical como a primeira – entre dezembro e janeiro. Retiram-se todos os ramos, com os cachinhos, que cresceram até então. A videira recomeça o ciclo, aproveitando as chuvas de verão (como se fossem as chuvas da primavera) e soltando os novos ramos com brotos durante o outono e efetivando o amadurecimento durante o inverno.
Outro fator típico da Serra da Mantiqueira, que auxilia no uso da dupla poda, além do tempo seco e da amplitude térmica, é que, durante o outono e o inverno serranos, embora os dias sejam mais curtos (portanto, com menos horas de luz), a intensidade da luz é impressionante. Essa luminosidade, aliás, realça os contornos e a profundidade de nossa maravilhosa paisagem!
Os “vinhos de inverno”, obtidos com a técnica da dupla poda, costumam ser mais potentes do que os vinhos de colheita de verão: eles têm uma gradação alcoólica mais alta e mais taninos do que os provenientes das uvas de verão.
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